sexta-feira, 6 de março de 2015

Peter Senge - 1

Estou preparando um vídeo do livro do Peter Senge - A Quinta Disciplina.

O Livro é um caso de estudo não somente de leitura, grifei várias páginas, fiz anotações e disponibilizarei em breve uma apresentação com os principais tópicos identificados.


Ao preparar esse material me deparei com um texto em que Peter Senge traz um debate muito interessante, vejamos:

Existem dois tipos primários de discurso: diálogo e discussão.

Ambos são importantes para uma equipe capaz do aprendizado generativo contínuo, mas seu poder reside na sua sinergia, que não tende a estar presente quando não se consideram as diferenças entre eles.

Bohm observa que a palavra “discussão” tem a mesma origem que percussão e concussão. Isto sugere algo como um “jogo de pingue-pongue em que ficamos jogando a bola um para o outro”.
Nesse jogo, o assunto de interesse comum pode ser analisado e dissecado a partir dos muitos pontos de vista trazidos pelos participantes. Isso certamente pode ser útil. Entretanto, o propósito de um jogo normalmente é “vencer”, e nesse caso vencer significa que a visão de uma pessoa será aceita pelo grupo. Pode-se ocasionalmente aceitar parte do ponto de vista de outra pessoa para fortalecer o seu, mas você fundamentalmente quer que a sua visão prevaleça. A ênfase sustentada em vencer, no entanto, não é compatível com dar prioridade à coerência e à verdade. Bohm sugere que o que precisamos para gerar essa mudança na prioridade é o “dialogo”, que é um meio de comunicação diferente.

Contrastando com a discussão, a palavra “dialogo” vem do grego diálogos. Dia significa através. Logos significa palavra ou, de forma mais abrangente, significado. Bohm sugere que o significado original de diálogo era “significado passando ou movendo-se através... um fluxo livre de significado entre as pessoas, no sentido de uma corrente que flui entre duas margens”. No diálogo, argumenta Bohm, um grupo acessa um grande “conjunto de significado comum”, que não pode ser acessado individualmente. “O todo organiza as partes”, em vez de tentar encaixar as partes em um todo.

O propósito do diálogo é ir além de qualquer compreensão individual. “No diálogo, não estamos tentando vencer. Todos venceremos se estivermos fazendo de maneira correta. “No diálogo, os indivíduos ganham novas perspectivas que não poderiam ser obtidas individualmente. “Começa a surgir um novo tipo de mentalidade, baseada no significado comum... As pessoas não estão mais em oposição, tampouco se pode dizer que estejam interagindo, mas sim participando desse conjunto de significado comum, que é capaz de desenvolvimento e mudança constantes.


No diálogo, um grupo explora questões difíceis e complexas de vários pontos de vista. Os indivíduos suspendem seus pressupostos, embora os comuniquem livremente. O resultado é uma livre exploração que traz à tona a total profundidade da experiência e do pensamento das pessoas, e ainda assim, pode ir além de suas visões individuais.


Vale a pena pensarmos nisso, será que estamos mais no campo do diálogo ou da discussão, querendo ganhar todos os debates sobre:
politica
religião
futebol
a cor do vestido

Logo volto com mais material do livro.

Tenham um bom final de semana e fiquem com DEUS.
Parabéns a todas as mulheres pelo seu dia não somente nesse domingo, mas por todos os dias.

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