sábado, 22 de fevereiro de 2020

O efeito-rede da Magalu para se tornar o Wechat brasileiro


O mercado online está em plena expansão. Nesta semana vários grupos de WhatsApp compartilharam a mensagem da diretoria do marketplace que mais cresce no Brasil. Compartilho mais abaixo o conteúdo completo para quem não teve a oportunidade de ler a mensagem da diretoria do Magazine Luiza. 

Neste mês de fevereiro tive a oportunidade participar do almoço na sede da FIESP em São Paulo com Jair Bolsonaro nosso Presidente da República e nosso presidente do CIESP/FIESP - Paulo Skaf.


No almoço o Presidente Bolsonaro reforçou a necessidade de acreditarmos no Brasil e que toda sua equipe está fazendo um enorme esforço para a retomada da economia e principalmente a geração de empregos para nossas indústrias, mostrando que a FIESP está alinhada com o governo na defesa de vários pontos das nossas empresas.

"E os números mostram que o Brasil está no caminho certo. Todos estão ajudando o Brasil a ocupar o lugar de destaque no mundo” Jair Bolsonaro

Podemos ver todo este otimismo através do boletim Focus onde mesmo com uma pequena queda de projeção, ainda prevê um crescimento acima de 2 pontos percentuais. 


Acreditamos fielmente neste governo e que o Brasil vai retomar o crescimento, e vamos fazer a nossa parte, primeiro parar de reclamar do Brasil (ouvi exatamente esta frase da Luiza Helena Trajano no congresso do Magalu 2019), depois pensar localmente, o que podemos fazer no nosso município, no nosso bairro, na nossa empresa. 

Em relação a nossa empresa, precisamos nos capacitar, treinar e ficar atentos a todas mudanças do mercado. O ano já começou e as feiras também, em São Paulo por exemplo tem feira de negócios toda semana, claro que cada mercado é bem específico, de maneira que devemos saber o que está acontecendo no nosso mercado e participar dos eventos.
Nesta semana tive a oportunidade de participar do congresso Think Ecommerce da ecommerce Brasil





Dentro de várias palestras uma que mais gostei foi a do Bruno Kerber da empresa Lexos, como  tema Tenha lucro vendendo nos marketplaces. Vários palestrantes não defendem vender pelos marketplaces, mas ali assistimos um defensor deste canal de vendas que mais cresce no Brasil.





Acima temos o percentual que o marketplace representa em todo o mercado, são 40% das transações realizadas na internet.

Abaixo ele apresentou algumas informações do líder, o Mercado Livre, seguido pela B2W e crescendo muito o Magalu.


Dentro das tendencias do varejo online, ele mostrou que no Brasil apenas 5% das vendas são realizadas no meio eletrônico, enquanto que nos EUA são 10,7% e surpreendentemente a China já alcança 36% das vendas sendo realizadas de maneira online, ainda tendo a previsão de chegar em 2023 com 69,9%.


Ele reforçou a importância das empresas se prepararem para vender nos marketplaces, pois é uma tendencia muito forte.

Alguns especialistas citam que são mais de 40 marketplaces no Brasil, abaixo seguem algumas mencionadas na palestra.



Estamos caminhando para o fim de fevereiro, percebemos que o ano promete muito, vamos fazer todo esforço no CIESP de Santa Bárbara para manter o otimismo dos empresários que acreditam no Brasil, nas indústrias, nos ecommerces e nos nossos amigos empreendedores. 

Abaixo segue o MagaluDivulgação de Resultados do 4º Trimestre de 2019  o qual reforça mais ainda este otimismo todo no Brasil. Neste documento da diretoria para os acionista do Magazine Luiza eles citam que querem ser o Wechat (aplicativo chines que faz quase tudo) no Brasil. Eu estava almoçando com um parceiro da China nesta semana e ele falou que está perdendo funcionários da sua indústria para serem entregadores do aplicativo de compras Taobao ( Mercado Livre chines), algo assustador, mas isto já é assunto para um próximo artigo.

Espero que gostem e fiquem com Deus.

Até o próximo post. 







MENSAGEM DA DIRETORIA 

A revolução digital tem gerado inúmeras consequências para os negócios dos mais variados setores. Ela mudou os parâmetros, os modelos de negócio e as regras que, durante décadas, estavam consolidadas na academia e no manual de melhores práticas difundidas por consultores e adotadas por incumbentes vencedores. Nesta carta aos acionistas, gostaríamos de detalhar as mudanças relacionadas ao posicionamento estratégico. 

Hoje, quase todas as narrativas empresariais sobre opções estratégicas -- incluindo a nossa -- são recheadas de buzzwords emprestadas do dicionário digital: plataforma, superapp, ecossistema, big data, agile, lean, APIs. A pasteurização das narrativas faz com que seja cada vez mais difícil -- para o mercado -- enxergar autenticidade nas estratégias. 

A maior parte das empresas parece estar em busca do mesmo pote de ouro ao final do arco-íris. Buscam ser os próximos Facebook, Google, Amazon ou Alibaba ou, pelo menos, dizem trabalhar para atingir os múltiplos de valorização dessas empresas. Não importa se estamos falando de companhias do setor financeiro, de saúde, de educação ou de utilities. Não adotar uma narrativa "atual" e digital significa, para muitos, a admissão de uma liderança anacrônica ou reacionária. 

Ponto, linha e plano 

Mas, se provocou mudanças abruptas, a revolução digital também abriu inúmeras possibilidades estratégicas. Não há um modelo único. Cabe a cada negócio entender suas características e seguir o caminho que seja mais viável e adequado à sua realidade. 

Para descrever essas possibilidades e tentar dar mais clareza à questão do posicionamento estratégico em ambientes digitais, usaremos aqui conceitos criados pelo ex-estrategista-chefe do Alibaba, Ming Zeng: ponto, linha e plano. 

Ao atualizar a literatura de Michael Porter, Zeng afirma que as empresas serão ecossistemas digitais -- os planos -- ou orbitarão em torno deles. Ser um plano, diz Zeng, não é algo factível para a maior parte das organizações, seja por vocação (ou a falta dela), escala ou capacidades. A boa notícia é que existe enorme valor em adotar os outros modelos de negócio. As linhas controlam uma cadeia específica. São exemplos disso os grandes sellers de um marketplace e category killers de uma determinado segmento de varejo. Os pontos, por sua vez, são empresas super especializadas, que provêm soluções para linhas e planos. É o caso das companhias de adquirência que surgiram com as fintechs e das empresas de courier, criadas para concorrer com os correios. 

Durante 18 anos, nós, do Magalu, montamos um bem-sucedido modelo estratégico de linha. Nos tornamos uma empresa multicanal e lucrativa no ramo de bens duráveis. Mas, em 2018, decidimos que nosso formato nesse novo mundo seria o de plano. Passaríamos a ser um ecossistema, com foco em varejo. 

Por trás dessa decisão sempre esteve o nosso propósito. O Brasil rapidamente está ficando para trás no cenário global do ecommerce. Crescimentos medíocres fizeram com que a participação do comércio digital no total do setor ficasse estagnada em 5%. Hoje -- de um universo de 6 milhões de varejistas -- apenas cerca de 50.000 vendem online. E as soluções disponíveis não são capazes de resolver de forma sustentável os problemas que o varejo brasileiro enfrenta. O Magalu está numa posição absolutamente privilegiada para digitalizar o varejo brasileiro. Sabemos bem quais são as dores dessas empresas. Não nascemos digitais. Tivemos de enfrentar os mesmos problemas vividos hoje pela maioria dos varejistas analógicos. Faz muita diferença. Faz diferença também o fato de jamais termos tido licença para queimar caixa. Nossos acionistas sempre nos cobraram sustentabilidade de resultados. Desenvolvemos, assim, um modelo rentável e adaptado à realidade do país, alavancados principalmente por nossa plataforma física. Finalmente, temos em nosso DNA princípios corporativos fundamentais para quem escolheu ser um ecossistema. Acreditamos no ganha-ganha (ou na colaboração, para usar um termo do momento), no protagonismo do cliente e nas relações formais e éticas. São princípios, sob o nosso ponto de vista, fundamentais para dar escala ao e-commerce brasileiro. 

Democratizar o acesso. Este é o nosso propósito. Neste momento de nossa história, queremos materializá-lo por meio da inclusão digital de empresas e consumidores brasileiros. Nosso foco está nos pequenos e médios negócios e sobretudo nas pessoas da base da pirâmide sócio-econômica. 

Acreditamos que a inclusão digital pode ser uma das mais poderosas ferramentas que temos à mão para a redução de um dos nossos maiores problemas: a enorme desigualdade que ainda estigmatiza o Brasil. O acesso ao mundo digital pode empoderar microempreendedores e tornar seus negócios mais leves, eficientes e flexíveis. Fazer parte desse mundo permite que o mais humilde dos consumidores, das mais remotas áreas do país, possa contar com produtos e condições comerciais hoje restritos ao topo do mercado dos grandes centros urbanos. 

Nosso mais importante passo nessa direção foi o lançamento do marketplace, em 2017. Assim como o crescimento que queremos manter, o sucesso do marketplace Magalu foi exponencial. Com um modelo baseado exclusivamente em lojas físicas, levamos 43 anos para atingir nosso primeiro bilhão de reais em faturamento. Foram necessários 10 anos para conseguir o mesmo resultado com o comércio eletrônico. Em apenas três anos, fomos muito além com o marketplace: em 2019, foram 3 bilhões de reais em GMV. 

Um plano, ou um ecossistema digital, depende de vários elementos para se tornar viável: processos digitalizados e acessíveis disponíveis numa plataforma digital simples e escalável, algoritmos inteligentes que conectem vendedores e compradores, interfaces intuitivas, disponíveis para todos os participantes da cadeia. Mas nenhum desses elementos se compara, em importância, à escala. Quanto mais compradores, mais vendedores são atraídos para o ecossistema. Quanto mais vendedores e ofertas, mais compradores desejarão fazer parte dele. É o efeito de rede. O benefício proporcionado por um produto ou serviço aumenta conforme cresce o número de usuários. 

Por isso, em 2019, aumentar a escala foi nossa obsessão. Decidimos que o Magalu viveria 365 dias de crescimento chinês. A maior dos nossos KPIs foi vinculada à expansão -- Crescimento em progressão geométrica de GMV, da base ativa de clientes, do número de novas categorias e de itens à venda, quantidade de sellers, usuários ativos mensais no app e novas lojas foram algumas das metas que nos auto-impusemos. 

O Magalu terminou o quatro trimestre de 2019 com um crescimento de 51% nas vendas. O maior da nossa história. Temos, hoje, quase 25 milhões de clientes ativos (mais de 20 milhões deles com o Super app instalado), 15.000 sellers que, juntos, oferecerem 13 milhões de produtos em nossa plataforma. A empresa cresceu de forma orgânica. No ano, 159 novas lojas físicas foram inauguradas, as vendas aumentaram dois dígitos no critério de mesmas lojas no quarto trimestre do ano. Mas o Magalu também cresceu por aquisições. 

A mais espetacular delas -- pelo impacto provocado -- foi a da Netshoes, em junho do ano passado. Com a Netshoes não só entramos em duas categorias de enorme potencial -- artigos esportivos e moda -- como incorporamos uma das marcas mais queridas do e-commerce brasileiro. A Netshoes trouxe para o Magalu uma competente equipe de profissionais digitais e uma plataforma com 1.000 sellers, 4 milhões de clientes e 2,5 bilhões de reais em GMV. Com sua contribuição decisiva, o e-commerce do Magalu voou nos dois últimos trimestres do ano. Foram mais de 90% de crescimento acumulado no período. 

Este ano, a Netshoes completará duas décadas de existência. Esse empreendimento visionário agora não está mais sozinho. Ao se juntar ao Magalu, a Netshoes deixou de ser uma linha, no conceito de Ming Zeng, para se tornar um plano. A empresa continua a ser líder absoluta no e-commerce de artigos esportivos e está entre as maiores varejistas digitais de moda do país. A diferença é que, agora, faz parte de um ecossistema muito maior e, assim, passa a ganhar com o efeito-rede. A Netshoes aporta know-how específico das suas categorias e recebe do ecossistema economia de escala na logística e na retaguarda. Até o final deste ano, por exemplo, seus produtos poderão coletados em todas as lojas do Magalu. 

O mesmo fenômeno acontece com outras empresas compradas pelo Magazine Luiza. Primeiro, a Época Cosméticos. E, agora, a Estante Virtual. O valor isolado desses negócios é significativamente menor que suas contribuições individuais para fazer do Magalu um one-stop shop app. Com Netshoes, Época Cosméticos e Estante Virtual damos o passo fundamental para criar um Super App, nos moldes de aplicativos chineses como o WeChat. 

Se 2019 foi o ano do crescimento chinês. 2020 será o ano do #TemNoMagalu. Uma edição antiga de Crime e Castigo, de Dostoieviski. #TemNoMagalu. Ou o último livro do youtuber mais famoso do Brasil. #TemNoMagalu. A TV de 50 polegadas. #TemNoMagalu. Uma caixa de ferramentas. #TemNoMagalu. A calça da moda. #TemNoMagalu. Tem, ainda, no Magalu a camisa da seleção. Ou do seu time – seja ele qual for. Chocolates. O brinquedo preferido do seu filho. Fraldas para bebês. A cerveja para o churrasco do próximo final de semana. O sofá para a casa nova. 

Nossa missão em 2020 é reproduzir o caminho quase infinito da cauda longa criada pela internet. Queremos que nossos 25 milhões de clientes ativos saibam que encontrarão, em um único lugar e de forma legal e ética, tudo o que precisam ou desejam. 

Para que isso aconteça, vamos focar na integração das empresas adquiridas. Continuaremos a aumentar o número de parceiros do nosso marketplace, além de integrar todos os catálogos de produtos desses sellers e o back office. Tão importante quanto tudo isso -- sobretudo para uma empresa que nasceu e permaneceu especialista em algumas categorias por tanto tempo -- é comunicar aos nossos clientes que estamos rapidamente nos transformando num varejista de todas as coisas. Ao saber disso, eles vão nos acessar. Ao nos acessar, esperam facilidade para encontrar o que desejam. Tudo, por princípio, deve estar no Magalu e ser achado numa busca simples e intuitiva. 

Do lado dos sellers, uma de nossas principais responsabilidades, como ecossistema, é prover tecnologia e gestão. Como partes de um mesmo organismo, é fundamental que nossos parceiros tenham os mesmos padrões de serviços, confiabilidade, formalidade e atendimento ao cliente que o Magalu mantém. 

Foi isso que fez com que o MaaS (Magalu As a Service) se tornasse um pilar estratégico da companhia. No final de 2019, lançamos o MagaluPagamentos, hoje em fase de roll out. O foco desse serviço são os sellers. Com o MagaluPagamentos vamos, ao mesmo tempo, monetizar o crescimento acelerado do marketplace e monitorar a cadeia, com o controle do fluxo de pagamentos de nossos parceiros e a oferta de recursos para eles a taxas inferiores às do mercado. Também acabamos de lançar o MagaluPay, serviço voltado para consumidores finais e absolutamente integrado ao nosso Super App. Seu objetivo é criar valor para o ecossistema do varejo -- e não operar como um ecossistema apartado. 

Nos dois casos, seguimos com a estratégia de plano e não a de linha. Queremos conectar nossos clientes às melhores soluções financeiras disponíveis. Não temos a pretensão de ser banco. Queremos, sim, criar uma plataforma digital de pagamentos que retroalimenta o varejo. 

No âmbito do MaaS, também lançamos e estamos desenvolvendo o MagaluEntregas. Hoje temos o melhor nível de serviço logístico do e-commerce brasileiro. E, mais: com o menor custo, graças, sobretudo, à integração multicanal e à nossa malha própria de distribuição. Para o 1P (produtos de estoque próprio), 66% das entregas são realizadas em até dois dias -- um percentual que melhora continuamente. Com o MagaluEntregas, nossos sellers se beneficiarão dessa mesma cadeia logística, o que inclui a venda de produtos com retirada em nossas mais de 1.100 lojas. Enfim, temos hoje um marketplace multicanal de verdade. 

Passamos pelo ano do crescimento chinês sem tirar o cliente da veia (nosso lema em 2018). Crescemos ao mesmo tempo em que melhoramos o NPS e reduzimos o número de reclamações formais. Somos o único, entre os grandes varejistas brasileiros, a ter o RA1000 do Reclame Aqui -- mesmo com a decisão de não separar as reclamações do marketplace (3P) das do e-commerce 1P. 

Entramos e vamos trilhar o ano do #TemNoMagalu sem abrir mão do crescimento chinês e do cliente pulsando em nossa operação. Vamos continuar a investir para que a interação desses três lemas seja possível. A companhia continuará a fazer trade offs de margem de curto prazo sempre que isso estiver de acordo com a estratégia e para assegurar os melhores resultados de longo prazo. 

Nos últimos 2 anos, a Companhia investiu cerca de 2 pontos percentuais de margem EBITDA -- passando do patamar de 8% para o patamar de 6% -- na aquisição de novos clientes, na melhor experiência de compra, redução de prazo de entrega e na consolidação dos números da Netshoes, gerando muito valor para todos os nossos clientes e acionistas. E não vamos parar por aqui. Temos muitas oportunidades pela frente. Esse ano, seguindo a mesma tendência, vamos continuar a investir na entrega mais rápida, em nosso Super App, no Magalu Pay e vamos acelerar o processo de integração das empresas adquiridas, com destaque para a Netshoes. 

Novamente, acreditamos que estas iniciativas aumentarão nossas despesas no curto prazo, mas irão gerar muito valor no futuro. Após uma bem-sucedida oferta de ações, o Magalu garantiu uma estrutura de capital sólida o bastante para levar adiante nossa missão. Por fim, agradecemos a nossos mais de 30.000 colaboradores, cuja energia e engajamento têm sido do tamanho dos nossos sonhos, aos sellers, aos fornecedores, parceiros de negócios, investidores e acionistas. O nosso diário muito obrigado a cada um dos nossos clientes. Gratidão também #TemNoMagalu.

 A DIRETORIA

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