Estou preparando um vídeo do livro do Peter Senge - A Quinta Disciplina.
O Livro é um caso de estudo não somente de leitura, grifei várias páginas, fiz anotações e disponibilizarei em breve uma apresentação com os principais tópicos identificados.
Ao preparar esse material me deparei com um texto em que Peter Senge traz um debate muito interessante, vejamos:
Existem dois tipos primários de
discurso: diálogo e discussão.
Ambos são importantes para uma
equipe capaz do aprendizado generativo contínuo, mas seu poder reside na sua
sinergia, que não tende a estar presente quando não se consideram as diferenças
entre eles.
Bohm observa que a palavra “discussão”
tem a mesma origem que percussão e concussão. Isto sugere algo como um “jogo de
pingue-pongue em que ficamos jogando a bola um para o outro”.
Nesse jogo, o assunto de
interesse comum pode ser analisado e dissecado a partir dos muitos pontos de
vista trazidos pelos participantes. Isso certamente pode ser útil. Entretanto,
o propósito de um jogo normalmente é “vencer”, e nesse caso vencer significa
que a visão de uma pessoa será aceita pelo grupo. Pode-se ocasionalmente aceitar
parte do ponto de vista de outra pessoa para fortalecer o seu, mas você
fundamentalmente quer que a sua visão prevaleça. A ênfase sustentada em vencer,
no entanto, não é compatível com dar prioridade à coerência e à verdade. Bohm
sugere que o que precisamos para gerar essa mudança na prioridade é o “dialogo”,
que é um meio de comunicação diferente.
Contrastando com a discussão, a palavra
“dialogo” vem do grego diálogos. Dia significa através. Logos significa palavra
ou, de forma mais abrangente, significado. Bohm sugere que o significado
original de diálogo era “significado passando ou movendo-se através... um fluxo
livre de significado entre as pessoas, no sentido de uma corrente que flui
entre duas margens”. No diálogo, argumenta Bohm, um grupo acessa um grande “conjunto
de significado comum”, que não pode ser acessado individualmente. “O todo
organiza as partes”, em vez de tentar encaixar as partes em um todo.
O propósito do diálogo é ir além
de qualquer compreensão individual. “No diálogo, não estamos tentando vencer. Todos
venceremos se estivermos fazendo de maneira correta. “No diálogo, os indivíduos
ganham novas perspectivas que não poderiam ser obtidas individualmente. “Começa
a surgir um novo tipo de mentalidade, baseada no significado comum... As
pessoas não estão mais em oposição, tampouco se pode dizer que estejam
interagindo, mas sim participando desse conjunto de significado comum, que é
capaz de desenvolvimento e mudança constantes.
No diálogo, um grupo explora questões
difíceis e complexas de vários pontos de vista. Os indivíduos suspendem seus
pressupostos, embora os comuniquem livremente. O resultado é uma livre
exploração que traz à tona a total profundidade da experiência e do pensamento das
pessoas, e ainda assim, pode ir além de suas visões individuais.
Vale a pena pensarmos nisso, será que estamos mais no campo do diálogo ou da discussão, querendo ganhar todos os debates sobre:
politica
religião
futebol
a cor do vestido
Logo volto com mais material do livro.
Tenham um bom final de semana e fiquem com DEUS.
Parabéns a todas as mulheres pelo seu dia não somente nesse domingo, mas por todos os dias.
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